TUDO É POSSÍVEL

"E se de repente eu mergulhasse outra vez neste lugar que é uma perpétua surpresa, por muito que já me sinta "em casa"; que continua a chocar-me, a deslumbrar-me, a seduzir-me, a enojar-me. E se eu encetasse mais uma viagem pela Índia, e na mochila trouxesse - além das coisas dos costume - as histórias, os lugares e os encontros de quase dez anos num permanente ir-e-vir?"

Senhores e senhoras: eu sei que o meu lugar no Transiberiano ainda está quente. Nos próximos dias ainda vamos andar animados com as peripécias em Pequim - e, quem sabe, com algum tipo de balanço do que foi esta aventura.

Mas a verdade - a verdade, verdadinha - é que já "estou noutra". Estou na Índia. Estou a ultimar os pormenores, a pôr a casa em ordem, vacas para aqui e sadhus para ali, faz favor de arrumar aqueles posters de Bollywood lá atrás, no fundo, e cá para a frente passam as criancinhas de farda, todas iguais. O riquexó fica ao meio... e quem é que deixou ali uma estátua do Hanuman?

Acreditem: daqui a pouco mais de uma semana, Tudo é Possível.

E ainda hoje: temos a Grande Muralha da China.