10/11/2013

MAIS SOBRE O SUPER-TUFÃO HAIYAN

Parece que o pior já passou, em Danang.

Estive novamente à conversa com a Joana Afonso, que entretanto conseguiu voo para Saigão. Vão fugir ao mau tempo e continuar a aventura pelo Vietname onde está melhor:

"Aqui já está tudo calmo! Muita chuva mas o vento fraco. Já conseguimos voo para Ho Chi Minh City, hoje ao fim da tarde. Esperemos que não cancelem, só queremos sair de Danang."

Então foi mais calmo do que se esperava. Já viste as imagens das Filipinas? Fala-se em dez mil mortos.

"Nas Filipinas era categoria 5. Aqui deve ter passado com categoria 2."

Parece que sim. E agora já está em categoria 1, mas vem na direcção de Hànôi. Dizem que vai chover imenso toda a noite e amanhã durante o dia.

"Aqui em Danang está tudo calmo. Já fomos ao aeroporto de táxi, a viagem dura cinco minutos, não vimos nada de especial."

E Hoi An? Sabes alguma coisa?

"Não sei. Também estamos curiosas. Mas parece que não foi tão dramático quanto se esperava. A ansiedade ao início, quando procurávamos um lugar seguro... essa foi a parte dramática. Ficámos um bocadinho apreensivas com o quarto que nos foi dado, porque ficava no sétimo andar, com duas paredes envidraçadas que faziam esquina. Já estavam reforçadas com barras de ferro interiores, mas ainda assim assustava. O recepcionista do hotel não conseguia dar-nos informações, a comunicação ekm inglês aqui é muito pobre. Ligámos a televisão e percebemos que falavam do tufão, mas não entendíamos nada. E depois começámos a receber mensagens de Portugal, a perguntar se estávamos bem... e percebemos que a coisa devia ser grave, para a notícia já ter lá chegado."

"Jantámos no restaurante do hotel e não encontrámos turistas, só vimos chineses e alguns locais, que procuravam um abrigo mais seguro. Às dez da noite estávamos de volta ao quarto, ponderámos pedir para trocarem para outro por estarmos rodeadas de vidro, mas decidimos ver como corria. As ruas lá em baixo estavam desertas. Tudo fechado, com traves a reforçar porras e janelas. Sacos de areia em todos os telhados."

"A noite passou sem stress. Estávamos protegidas. Por volta da meia-noite acordei com a tempestade lá fora. Assustou-me pensar que poderia piorar... mas não piorou. Acho que os ferros nas janelas tornaram a estrutura ainda mais estável, e não se ouvia as janelas a bater. Só mesmo o barulho forte do vento e da chuva. Perdemos Hoi An... mas ganhámos um tufão!"

1 comentário:

Clara Amorim disse...

Boas notícias!