27/05/2014

DE VOLTA AO COVIL

Covil:
1. Cova de feras
2. Abrigo de salteadores
3. Local protegido, geralmente escuro ou sombrio
4. Guarida de malfeitores 
5. Casa humilde
6. Toca
7. Caverna
8. Antro

Estou de volta ao lugar onde acontecem as mais originais conspirações. Mapas-mundo com pins espetados, livros nas estantes com nomes de países nas lombadas, bandeiras de oração budistas penduradas, um globo terrestre e um chapéu de sol japonês a um canto, lâmpadas marroquinas, cadernos chineses, estátuas africanas. Uma mala antiga cheia de autocolantes de destinos diversos. Estou de volta ao covil.

Podia chamar-lhe quartel-geral, sede de campanha, casa-mãe, esconderijo, ninho - ou simplesmente escritório.

Mas escolhi "covil". Apesar de ser tudo menos escuro e sombrio; e de não haver, entre estas quatro paredes, malfeitores nem salteadores - que eu saiba, é tudo boa gente. ;)

Mas quando nos sentamos à mesa com um mapa na cabeça e ideias a pairar à volta, cidades e calendários, paisagens e sabores, saudades e uma comichão de bicho-carpinteiro, aquela vontade enorme de ir. Quando conspiramos aventuras e projectos, quando imaginamos as próximas voltas, lembramos peripécias antigas, partilhamos sonhos.

Neste quarto andar com vista sobre os Clérigos. Neste escritório onde estou desde ontem, até amanhã - aqui no Porto, na Nomad -, aqui planeia-se o ano que aí vem, as aventuras que se seguem, os próximos passos.

Ainda por cima come-se bem.

1 comentário:

Joana Fragoso disse...

planear, organizarviver
só de saber que este ano te vejo mais que nos últimos, fico muito feliz