O LONGO REGRESSO A CASA

Está a ser um longo - e animado - regresso a casa, este.

Estou neste momento em Istambul - e desde que deixei a mota em casa do Bunty, há pouco mais de uma semana em Bhubaneswar, já apanhei quatro aviões. Só me falta um para chegar a Lisboa. Admito que seria possível fazer esta viagem mais depressa, em apenas três voos e com escalas mais curtas. E, se fizer as contas, provavelmente saía-me mais barato. Mas a verdade é que não teria a mesma piada.

Comecei então por voar da capital do Orissa para Hyderabad. Um voo rápido na Indigo, a minha lowcost preferida na Índia. Passei o fim-de-semana na cidade, revisitei alguns amigos, dormi longas sestas, comi biryanis deliciosos... que bem que soube este "descomprimir", depois das emoções intensas da viagem de mota.

De Hyderabad voei para Cochim, onde tinha deixado um saco com pertences vários, papelada das viagens com os grupos da Nomad, alguns souvenirs para levar para casa. Coisas que não levara comigo na mota, durante a volta ela Índia, para evitar peso e volume desnecessário. Ou seja: reencontrei o gang do Kerala e ali fiquei mais dois dias a revisitar este-e-aquele, a tomar longos banhos no rio, a partilhar histórias da viagem enquanto a monção encharcava tudo à volta.

Depois fui para o Dubai. Um voo mais longo, felizmente consegui dormir um pouco, porque os dois dias neste Emirato foram sempre "às voltas" com os velhos amigos de Bombaim. Apesar de ser Ramadão, fartámo-nos de passear. Fizemos compras e almoçaradas em casa, desafiámos outros amigos para um Iftar num hotel, passeámos de barco. Que bem que soube reencontrá-los. E que rápida foi esta passagem, soube a pouco. Mas já temos planos para próximas voltas.

O quarto voo, na Turkish Airlines, trouxe-me do Dubai para Istambul. E aqui estou. Mais uma vez, em casa de amigos. A recordar histórias antigas, a partilhar novidades, a planear aventuras. Cheguei ontem de manhã e ainda nem fui à rua.

E amanhã - finalmente! - chego a casa.